Por que o GP de Mônaco corre o risco de deixar o calendário anual da F1

A Fórmula 1 chega a Mônaco neste final de semana sem saber qual será o futuro de sua corrida mais famosa a partir do ano que vem. Sem contrato, a prova sofre pressão da categoria para desistir das regalias que tem, e para mudar a fim de oferecer um espetáculo melhor na pista.

Do lado dos organizadores, o presidente do Automóvel Clube de Mônaco, Michel Boeri, negou em abril que a prova deixará de ser realizada, e na época disse que o contrato estava perto de ser finalizado.

“Foi sugerido que as demandas da Liberty Media eram muito excessivas para Mônaco e que o GP não seria mais realizado. Isso não é verdade. Ainda estamos conversando com eles e posso garantir que o GP vai acontecer além de 2022. Não sei se o contrato será por três ou cinco anos, mas é uma questão de detalhe.”

Mesmo após as declarações, as conversas sobre pelo menos uma mudança no status de Mônaco não cessaram no paddock. Atualmente, o GP tem um arranjo especial, com o pagamento de uma taxa anual para a realização da prova abaixo de 10 milhões de dólares por ano, ou seja, menos da metade dos outros eventos na Europa e muito menos que os GPs fora do continente desembolsam.

Além disso, as placas de publicidade são comercializadas pela ACM, e não pela Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da F1, como ocorre pelo menos com as principais placas das outras provas.

Na avaliação da Liberty, Mônaco entrega muito pouco em troca das regalias comerciais que tem, lembrando que eles começaram a pagar para receber a prova recentemente, tendo promovido o GP de graça por décadas.

UOL