EUA darão mísseis à Ucrânia; Rússia vê ‘gasolina no fogo’, faz manobra nuclear

Tensão entre potências ocorre enquanto Moscou chega perto de tomar província de Lugansk

Enquanto a Rússia chega perto do objetivo de conquistar a província de Lugansk, no leste da Ucrânia, Estados Unidos e Alemanha anunciaram o envio de armas avançadas há muito requisitadas por Kiev em sua luta contra a invasão que começou há 98 dias.

A reação russa foi imediata. “Nós acreditamos que os EUA estão adicionando gasolina ao fogo de forma intencional e diligente”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Questionado se o território russo for atingido pelos novos mísseis prometidos pelos EUA a Kiev, ele comentou: “Não falemos nos piores cenários”.

Na terça (31), o presidente Joe Biden confirmou o envio de sistemas que foram identificados no Pentágono como sendo o M142 Himars (Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, na sigla inglesa) para os ucranianos. São lançadores de mísseis de médio alcance, 80 km.

“É extremamente negativo”, disse o vice-chanceler Serguei Riabkov à agência RIA-Novosti, afirmando que a medida coloca as duas potências nucleares sob risco de um enfrentamento. A reação prática foi algo previsível: divulgou um exercício de forças nucleares e a entrada em serviço de mais um míssil hipersônico em seu arsenal.