O presidente Jair Bolsonaro está sendo orientado por diplomatas a ser “superficial” com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a crise entre Moscou e o Ocidente. O brasileiro tem viagem marcada para o Kremlin na segunda metade de fevereiro, na esperança de mostrar para sua base que não está isolado no mundo, reforçar a agenda ultraconservadora e buscar abertura de mercado. Mas o encontro ocorre no momento de maior tensão entre americanos, europeus e russos.
No centro do debate internacional está a redefinição da ordem pós-Guerra Fria. Putin quer garantias de que a OTAN não irá se expandir para os países que fazem fronteira com o território russo e que retorne a seu posicionamento de tropas que existia antes de 1997. Já a OTAN alerta que não pode impor um veto na soberania de um país de escolher quem são seus aliados e teme que uma invasão russa ocorra na Ucrânia, o que é desmentido pelo Kremlin.