A prática da hipergamia é um termo que assusta, mas não se engane: ela é um tipo de relacionamento muito conhecido e que já faz parte das relações sociais atuais. É caracterizada por ser a prática de envolvimento amoroso de um indivíduo com parceiros que apresentem um nível econômico, social ou de poder superior ao próprio.
O significado etimológico da palavra hipergamia vem do prefixo “hiper” (que denota “superioridade” e “excesso”) e “gamia” (vinda do grego “gamo”, e exprime a noção de “casamento” ou “união”). Apesar de parecer um termo relativamente novo, o fenômeno cultural do casamento arranjado, por exemplo, pode cair dentro de um comportamento hipergâmico.
Historicamente, a opção feminina por parceiros que pudessem oferecer melhores recursos e proteção variava em torno da condição econômica. Mas com a entrada da mulher no mercado de trabalho, e a mudança das relações familiares e da perspectiva de vida, a procura por um parceiro ideal pode ter mudado de foco.
No entanto, a percepção de que a hipergamia é uma visão focada apenas nas vantagens financeiras do parceiro pode ser equivocada. Emma Hathorn, especialista em relacionamentos do site Seeking (voltado para encontros de luxo para pessoas “bonitas, ricas e bem-sucedidas”), explicou que o conceito tradicional de hipergamia está em processo de mudança. “A hipergamia moderna é sobre muito mais do que isso”, disse ela, ao portal The Sun.