Missionária foi assassinada em fevereiro de 2005 em Anapu (PA)
Quando a missionária norte-americana Dorothy Stang – defensora de comunidades assentadas e da Amazônia – foi assassinada, em 12 de fevereiro de 2005, na cidade de Anapu (PA), ela vivia um momento de especial esperança. Quem lembra é uma companheira de missão, a ativista Jean Ann Bellini, também religiosa e da coordenação da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Ela testemunha que a Irmã Dorothy deixou legado de luta.
Os latifundiários Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Pereira Galvão foram apontados como os principais mandantes do crime e condenados pela Justiça. Segundo a dirigente da Pastoral da Terra, a missionária vivia um período de entusiasmo com a proposta de agrofloresta para sobrevivência de comunidades assentadas naquela região paraense.
“Naquela época, ela e eu nos animamos com uma proposta de agrofloresta, um casamento de culturas anuais com as árvores nativas da floresta, como castanhal, cupuaçu e madeira de leite”, lembra. Naquele ano de 2005, Jean Ann Bellini, que também é missionária nascida nos Estados Unidos e atua há mais de quatro décadas no Brasil, trabalhava no interior de Mato Grosso.