SEEDF autoriza escolas a suspender aulas; concentração de poluentes no ar está 3,7 vezes acima do recomendado pela OMS
A Universidade de Brasília (UnB) decidiu suspender as atividades presenciais na instituição nesta segunda-feira (16). A decisão foi tomada em razão das condições climáticas adversas e da baixa qualidade do ar, decorrentes das queimadas no Parque Nacional de Brasília, para proteger a saúde e a segurança da comunidade acadêmica e administrativa.
O incêndio no Parque Nacional começou por volta de 11h20 deste domingo (15). Brigadistas e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) trabalham no combate às chamas desde ontem, mas o fogo ainda não foi totalmente controlado, segundo informações do Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A queimada deixou o céu de Brasília coberto de fumaça, comprometendo, inclusive, a visibilidade de quem trafegou pelas vias da capital na manhã desta segunda (16).
De acordo com o ICMBio, o fogo foi originado próximo à Granja do Torto. A estimativa é de que 1,2 mil hectares do Parque Nacional, equivalente a 1,6 mil campos de futebol, tenham sido destruídos pelas chamas.
Segundo o monitoramento em tempo real realizado pela empresa suíça IQAir, a qualidade do ar em Brasília no momento é considerada moderada, o que significa que a concentração de poluentes atmosféricos está 3,7 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nessas condições, os principais afetados são pessoas de grupos sensíveis, como crianças, idosos e indivíduos com doenças respiratórias e cardíacas. Estas podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço e, por isso, são orientadas a usar máscaras e evitar sair de casa.
O uso de umidificadores, manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada de ar poluído e uma boa hidratação também são recomendações para a população.
O ato emitido pelo Decanato de Gestão de Pessoas da UnB orienta, ainda, que as pessoas procurem abrigo em locais seguros, distantes das áreas afetadas pelas queimadas, e sigam as recomendações de saúde e segurança emitidas pelas autoridades competentes.
O documento define que os dirigentes das unidades responsáveis pelo funcionamento de atividades essenciais da UnB deverão estabelecer plantões e escalas de serviços, de forma a evitar prejuízos a essas unidades e às comunidades atendidas.