Tuberculose tem tratamento nas UBSs do DF

Especialistas reforçam importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado

Começou aparentemente como uma gripe fraca. Não demorou para que a tosse seca evoluísse e as dores nas costas sugerissem acometimento dos pulmões. Jorge da Silva, 56 anos, buscou o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), da Secretaria de Saúde (SES-DF), no início de fevereiro de 2023. Lá, realizou exames e recebeu o diagnóstico de tuberculose pulmonar.

Antes do fim daquele mês, na própria unidade especializada, ele deu início ao tratamento. Após seis meses, o morador do Gama estava curado da doença. Jorge alerta que não se pode minimizar a gravidade dos sintomas: “É preciso investigar direito, ir atrás de assistência, realizar os exames. Por teimosia, um quadro pode ser agravado e até levar ao óbito”. No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, instituído como 24 de março, a secretaria conscientiza sobre os sintomas e a importância de buscar atendimento nos primeiros sinais da doença.

Atendimento especializado

A transmissão da tuberculose ocorre por via respiratória, pela eliminação de aerossóis (partículas respiratórias) contaminados com o bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) na tosse, na fala ou no espirro. Calcula-se que, durante um ano, uma pessoa sem tratamento possa infectar de dez a 15 pessoas.

Caso a tosse siga por mais de três semanas, é necessário procurar atendimento em uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. “A tuberculose é uma doença que pode ser diagnosticada em qualquer idade. É fundamental manter o vínculo com as equipes de Saúde da Família (eSF)”, explica o responsável técnico pela tuberculose na Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Ricardo Gadelha.