Era final de 2013, e João estava jantando com um amigo em um restaurante na região do Tapajós, no oeste do Pará. Foi quando um homem chegou à mesa para fazer uma das ameaças que iria começar a receber constantemente por atuar na defesa de direitos dos povos tradicionais da Amazônia.
“Ele chegou e disse: ‘João, sabia que tem uma lista aqui de ameaçado de morte? E que a gente não gosta de ONG?'”, relata o ativista.
“Eu falei: ‘olha que curioso, não sabia não’. E o cara disse: pois é, e tu tá nessa lista. O problema é que a tua vida tá valendo R$ 1.000, pouca gente vai querer te matar. Mas se tu continuar perturbando a gente o preço da tua cabeça vai subir. Então presta atenção no que tu está vindo fazer aqui”, lembra.