Justiça rejeita recurso da defesa do jogador por “alto risco de fuga” e por “graves” indícios do crime. Defesa de Daniel Alves alega inocência de seu cliente e critica decisão judicial.
Um tribunal espanhol negou nesta terça-feira (21/02) um recurso da defesa de Daniel Alves e decidiu manter a prisão preventiva sem fiança do jogador, acusado de estuprar uma jovem de 23 anos em uma boate de Barcelona no último dia 30 de dezembro. A decisão foi justificada pelo “alto risco de fuga” e pelos “graves” e “diversos” indícios do crime.
O jogador foi detido em 20 de janeiro, após uma audiência sobre o caso. A defesa de Daniel Alves entrou com um recurso para tentar reverter a prisão preventiva e propôs a aplicação de medidas alternativas à prisão, como fiança, retirada do passaporte, porte de pulseira eletrônica ou comparecimento aos tribunais quando solicitado.
Em sua resolução, os magistrados dizem concordar tanto com o Ministério Público quanto com os advogados que representam a jovem que ainda há “alto risco de fuga” do jogador, devido à sua “capacidade financeira avultada”, o que lhe permitiria “sair da Espanha a qualquer momento”.
Segundo os magistrados, a este risco de evasão, somam-se dois outros fatores: a elevada pena que poderá ser aplicada e os “diversos” e “graves indícios de crime” que existem contra o jogador nesta fase da investigação do processo judicial, que já se encontra em um estágio bastante avançado.
De acordo com o tribunal, algumas provas incriminatórias decorrem não só do depoimento da vítima, mas também de outras testemunhas, de provas médico-legais e científicas, entre outras.