O Banco Central já tem uma missão difícil nesta semana, que é decidir a dose exata de juros para combater a inflação. Mas, além disso, ainda tem de lidar com decisões polêmicas do governo que afetam a economia. Uma delas é a possibilidade de congelar ou subsidiar o preço dos combustíveis. A avaliação é do diretor-presidente da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola, que comandou o Banco Central em duas passagens – de 1992 a 1993 e de 1995 a 1997.
“Sou contra dar subsídios ou tabelar os preços dos combustíveis. É como tirar dos pobres para dar aos ricos. O governo gasta para rico andar de carro”, diz Loyola. O encontro do Comitê de Política Econômica (Copom) nesta semana é um dos mais desafiadores para a atual gestão liderada por Roberto Campos Neto por causa das novas e maiores incertezas criadas pelo conflito iniciado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, afirma.