O Banco Central reúne o Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana para decidir sobre a taxa básica de juros Selic pela primeira vez desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. O conflito já provocou aumentos de preços do petróleo e dos alimentos nos mercados internacionais e gerou uma nova onda de inflação global.
A nova escalada de preços das matérias-primas no mundo aumentou o desafio do Banco Central, que já vinha subindo juros para tentar conter uma inflação que se mostra mais persistente porque a fonte da alta dos preços está fora do Brasil. Desde março do ano passado, a Selic já subiu, de 2% para 10,75%. Mas a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador usado pelo governo como inflação oficial, seguiu subindo, avançando de 6,1% para os atuais 10,4% no acumulado em 12 meses.