Sonar e explosivo: como golfinhos treinados na Rússia viram arma de guerra

No imaginário popular, golfinhos são animais bonitos e fofos, que alegram crianças e adultos em atividade turística ou quando avistados na natureza. No entanto, desde a década de 1950, no período da Guerra Fria, os Estados Unidos (EUA) e a então União Soviética (URSS) usam golfinhos como arma de guerra, para ajudar nas disputas navais.

Na Guerra da Ucrânia, a utilização do animal voltou a ser destaque após H. I. Sutton, especialista vinculado ao Instituto Naval dos EUA, divulgar no Twitter que golfinhos treinados estão sendo levados para a entrada do porto de Sebastopol, na Crimeia —a principal base naval russa no mar Negro.

As evidências para isso foram apresentadas pelo órgão em 27 de abril, com fotos de satélite que mostram que a Rússia moveu em fevereiro dois recintos de golfinhos na Crimeia. A data coincide com o início da ofensiva militar na Ucrânia.

Parte deste “exército” de golfinhos pertencia à União Soviética. Com a dissolução do bloco, eles ficaram com a Ucrânia, mas voltaram às forças armadas russas quando houve a anexação da Crimeia, em 2014.