Pedagoga lista os pontos mais frequentes e afirma que melhorar a motivação é condição essencial para o sucesso no desempenho escolar
A motivação vem do reconhecimento dos esforços e dos pequenos avanços diários. Esse reconhecimento gera um dos principais fatores que determinam o bom desempenho escolar: a confiança. Ao contrário do que muitos pais pensam, a confiança não é um traço de personalidade o qual nascemos ou não com ele. Ela é construída por meio das nossas experiências, interações e dos estímulos que recebemos dos nossos pais e todos que nos cercam durante a infância. Por isso, é necessário que os pais elogiem o esforço da criança sobre o processo de estudo diário e não espere para elogiar somente quando vem o resultado da prova.
O desempenho escolar está intimamente relacionado a confiança e autoestima da criança. A falta de certeza leva a um estado emocional onde o indivíduo sente-se incapaz e não acredita nas suas habilidades. Com isso a criança fica insegura e com medo de fracassar, o que a impede que encare novos desafios. Uma criança que cresce com baixa confiança pode enfrentar desafios na escola e em sua vida profissional.
Um ponto importante é que os pais consigam motivar os filhos no estudo em casa e estarem presentes desde o início do processo de organização da rotina dos pequenos. É essencial ajudar a listar as tarefas, de preferência por escrito e incluir todas as atividades do dia. “Ela precisa se sentir parte da rotina da casa para saber como realizar as pendências. O exemplo dos pais é o melhor ensinamento. Com isso, a criança se sente motivada e preparada para seguir”, diz Bruna Duarte Vitorino, pedagoga e coordenadora pedagógica do Kumon.
Ainda segundo a pedagoga, é extremamente importante que a criança perceba que ela é capaz de realizar as tarefas. E os pais deve fazer os elogios concretos sobre as ações feitas. Confira os erros mais comuns para tentar acertar na hora de motivar a criança:
1. Elogiar somente o resultado e não elogiar os esforços diários;
2. Não elogiar concretamente;
3. Identificar mais defeitos do que qualidades;
4. Comparar a criança com outras crianças, o que gera um sentimento de inferioridade;
5. Vincular a todo momento o estudo a algum benefício material;
6. Dizer ao filho que sua única obrigação é estudar, ao invés de dar outras responsabilidades na casa como: arrumar os brinquedos, ajudar no jantar, auxiliar na organização da mesa;
7. Não ter um espaço de estudo com boa iluminação e silêncio;
8. Não acompanhar o desempenho escolar ao longo do ano e só cobrar o resultado da prova;
9. Não manter uma comunicação frequente com os professores e a escola.
O Kumon é um método de estudo japonês criado em 1958 pelo professor Toru Kumon. O ensino privilegia o desenvolvimento da autonomia do aluno nos estudos, de forma que ele aprenda de acordo com o seu ritmo. O material didático é autoinstrutivo e dividido em estágios, fazendo com que a complexidade aumente gradualmente. Porém, o aluno só avança para o próximo conteúdo quando consegue assimilar o que é proposto.
O método desenvolve a habilidade acadêmica e outras mais, como: autodidatismo, concentração, capacidade de leitura, raciocínio lógico, independência, hábito de estudo, responsabilidade e autoconfiança. O Kumon oferece aulas de matemática, português (para nativos), inglês e japonês.