Ao que tudo indica, a guerra Russo-Ucraniana, iniciada em 2014 e agravada em fevereiro deste ano, com invasões e ataques por toda a Ucrânia, está longe do fim. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou a ameaçar várias vezes o Ocidente e a quem interferisse nos seus planos com “respostas fulminantes”. Ou seja, escalar o conflito a níveis sem precedentes, considerando possivelmente usar até seu arsenal nuclear, estimado em quase 6.000 ogivas.
Para se ter ideia da ameaça, só a bomba Tzar, detonada pelos soviéticos em testes nos anos 1960, causou uma explosão cuja magnitude equivaleu ao de 50 milhões de toneladas de dinamite, 3.000 vezes mais potente que a bomba Little Boy (garotinho, em português), lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima, no Japão, pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial.
Já pensou então nos efeitos para o organismo? UOL conversou com especialistas para entender melhor sobre radiação e as consequências de uma guerra atômica para a saúde.
Será que haveria alguma forma de nos precavermos ou blindarmos dos danos? Mas calma! Peritos no mundo todo afirmam que, atualmente, o risco de um conflito desses é improvável. O motivo? Certamente levaria à destruição mútua — e massiva— de nações e ecossistemas.
Existem dois tipos de radiação, a não ionizante, que emite um baixo índice energético, e a radiação ionizante, cujo alto teor de energia é capaz de arrancar elétrons de átomos e moléculas. Quando se fala em bomba atômica, a radiação é ionizante e seu risco proveniente depende de dose e duração da exposição, idade em que se deu a exposição e outros fatores como, por exemplo, a sensibilidade dos tecidos frente aos efeitos carcinogênicos da radiação.
Como age a radiação no corpo
Existem dois tipos de radiação, a não ionizante, que emite um baixo índice energético, e a radiação ionizante, cujo alto teor de energia é capaz de arrancar elétrons de átomos e moléculas. Quando se fala em bomba atômica, a radiação é ionizante e seu risco proveniente depende de dose e duração da exposição, idade em que se deu a exposição e outros fatores como, por exemplo, a sensibilidade dos tecidos frente aos efeitos carcinogênicos da radiação.
É, portanto, extremamente variável. “Mas, na bomba atômica, a quantidade dispensada no meio ambiente é enorme e, em alguns casos, se há proximidade com a explosão, os efeitos se tornam incompatíveis com a vida”, explica Dalton Alexandre dos Anjos, coordenador de medicina nuclear e PET-CT do Alta Excelência Diagnóstica, laboratório da Rede Dasa (SP).