Proibida no Brasil: o que é substância que os EUA querem tirar dos refris

A FDA (Food and Drug Administration), agência responsável pela supervisão de fármacos e alimentos nos EUA, está estudando proibir o óleo vegetal bromado. Também conhecido como BVO, ele é um componente usado em refrigerantes cítricos e seu emprego foi recentemente considerado ilegal na Califórnia.

Em nota, o órgão norte-americano concluiu que “o uso pretendido de BVO em alimentos não é mais considerado seguro após os resultados dos estudos conduzidos em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) terem encontrado potencial para efeitos adversos à saúde em humanos.”

Além da Califórnia, o aditivo em questão também já é proibido no Brasil. A Coca-Cola, por exemplo, afirmou em comunicado publicado no site brasileiro da marca que os produtos comercializados no país não utilizam óleo vegetal bromado:

O que é o óleo vegetal bromado?

É um óleo vegetal modificado com bromo. O bromo, por sua vez, é um elemento natural que pode ser utilizado como alternativa ao cloro em piscinas e, historicamente, já foi utilizado como sedativo.

Usado há mais de 100 anos. Segundo a FDA, o óleo vegetal bromado, ou BVO, tem sido usado como ingrediente alimentar desde a década de 1920. O aditivo costuma ser usado em bebidas isotônicas e refrigerantes com sabor de limão, laranja, abacaxi e outras frutas cítricas.

Responsável por emulsionar sabores cítricos. O componente evita que os ingredientes —os sabores de frutas, especificamente— se separem nas bebidas e flutuem para o topo durante o transporte e armazenamento.

Regras de uso no mundo. Nos EUA, a FDA removeu o aditivo de sua lista geralmente reconhecida como segura no final da década de 1960, mas decidiu que não havia evidências suficientes para uma proibição no momento. Em vez disso, o órgão limitou as quantidades aceitáveis de BVO em bebidas a 15 partes por milhão. No Brasil, Japão e alguns países da Europa a substância é proibida.