A prévia da inflação desacelerou e subiu 0,19% em agosto, ante alta de 0,3% registrada em junho, mostram dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a variação ligeiramente abaixo da expectativa de 0,2%, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – 15) acumula alta de 4,35% nos último 12 meses e se afasta do limite da meta.
Prévia da inflação de agosto tem a menor alta deste ano. O avanço de 0,19% do IPCA-15 representa uma perda de força ante a oscilação de 0,3% apurada em julho e é também inferior à variação de 0,21% de abril, menor taxa de 2024 até então. Em agosto do ano passado, o indicador apresentou ganho de 0,26%.
Variação é a menor para o mês desde a deflação de 0,73% em 2022. A taxa foi a mais baixa da séria histórica do IPCA-15, apurado desde 2000. Na ocasião, o índice foi influenciado pela redução das alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis e a energia elétrica, dois dos itens de maior peso no cálculo da inflação.
Índice acumulado em 12 meses se afasta do teto da meta. Com a desaceleração, o IPCA-15 apresenta alta de 4,35% entre setembro de 2023 e agosto de 2024. A variação é inferior à taxa de 4,45% divulgada no mês passado, quando o indicador ficou a apenas 0,05 ponto percentual do limite de tolerância meta. No acumulado dos oito primeiros meses de 2024, a variação do indicador é de 3,02%.
Dos nove grupos pesquisados, oito tiveram alta em agosto. As maiores influências do mês partiram dos produtos e serviços relacionados com os segmentos de transportes (+0,83%), educação (0,75%) e Artigos de residência (0,71%). A única baixa partiu de alimentação e bebidas (-0,8%).