O Ministério da Saúde do governo Bolsonaro não apresentou planejamento para produção ou compra de imunizantes que seja capaz de impulsionar a vacinação no ano que vem.
Não está previsto que no próximo ano haverá mais doses do que em 2022. Desde 2016, a cobertura vacinal está em queda.
O Instituto Butantan informou que não tem nenhum contrato assinado com a pasta para aquisição de vacinas ao PNI (Programa Nacional de Imunização) em 2023 —isso inclui doses de imunizantes contra tuberculose e poliomielite, por exemplo.
Segundo Dimas Covas, diretor executivo da Fundação Butantan, apenas no último dia 13 o ministério enviou uma solicitação de proposta para compra de 80 milhões de vacinas da gripe. Esse acordo já deveria estar fechado pelo menos desde novembro.
“Nós já encaminhamos a proposta e estamos no aguardo. Mas só houve indicativo de resolução da vacina da gripe, não para as demais”, diz.