A investigação da Polícia Federal apontou que os militares das Forças Especiais do Exército chegaram a colocar em prática um dos planos para executar o ministro do STF Alexandre de Moraes, mas o cancelaram de última hora. A tentativa ocorreu no dia 15 de dezembro de 2022, data que se revelou crítica nos planos golpistas.
Moraes participou no STF de uma votação sobre o orçamento secreto. O julgamento foi suspenso quando o placar estava em 5 a 4 para derrubar o mecanismo que garantiu sustentação ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso ao usar as emendas de relator como moeda de troca para negociação política. Moraes já havia votado, e os militares suspeitos monitoravam o julgamento por reportagens na imprensa.
Naquele dia, os militares investigados abortaram de última hora o plano de assassinar Moraes. De acordo com a PF, eles utilizaram técnicas avançadas do treinamento militar, posicionando agentes perto do STF e da casa do ministro, mas cancelaram a ação porque o julgamento da Corte terminou mais cedo que o previsto.