A mais recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) revelou que o nível de comprometimento das finanças dos brasileiros alcançou o maior nível dos últimos 11 anos. No Distrito Federal, a quantidade de pessoas com dívidas em aberto no mês passado foi a maior de 2021. Mais de 787,5 mil brasilienses terminaram o ano devendo, e 111 mil deles alegaram que não terão condições de pagar.
Crédito pessoal teve preferência
O levantamento periódico da Confederação Nacional do Comércio (CNC) teve outro destaque: na média anual, ao contrário do restante do país, o cartão de crédito não foi o principal responsável pelas dívidas dos brasilienses, mas, sim, o crédito pessoal. “Essa é uma modalidade que encontra taxas de juros mais vantajosas que as do cartão de crédito. E ela cresceu em 2021 em relação aos dois anos anteriores.
No caso de famílias mais pobres, por exemplo, que usam o cartão de crédito para comprar bens de primeira necessidade consumidos de imediato, a fatura acaba vindo depois. Já o crédito pessoal oferece um custo mais favorável”, analisa a economista da CNC Izis Ferreira.
70,1%
Das famílias do DF terminaram o ano com até metade da renda mensal comprometida por dívidas como cheques, cartões, carnês, empréstimos ou financiamentos