Saudadas como um mal menor quando surgiram, nos anos 1990, a pretexto de livrar comunidades da opressão de traficantes, as milícias que hoje dominam territórios onde vivem mais de 2 milhões de pessoas estão diversificando suas fontes de receita, misturando atividades legais e ilegais e tornando-se mais poderosas economicamente.
Durante três meses, o UOL dissecou investigações realizadas pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), pela Receita Federal e por outros órgãos, além de analisar cerca de 600 documentos judiciais que apontam para a atuação dessas quadrilhas em setores como imóveis, mineração, farmácias e prostituição.
“As milícias começam a alcançar esferas que antes não alcançavam”, diz José Cláudio Souza Alves, professor da Universidade Federal Rural do Rio que estuda milícias há mais de 20 anos.
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