No canto da sala de revista, Diana*, 7, esperava a mãe terminar de se vestir para juntas visitarem o pai em uma unidade prisional quando uma das agentes penitenciárias exigiu que a menina tirasse a roupa e abaixasse a calcinha. “Ela ficou nervosa e as agentes falaram ‘manda ela parar de chorar'”, diz Juliana.
O caso ocorreu em outubro de 2013, na Penitenciária de Pacaembu, no interior de São Paulo, e é um dos poucos em que um familiar de pessoa privada de liberdade move uma ação contra o Estado — e venceu. Até hoje, porém, Juliana não recebeu o valor a que tem direito. Onze anos após a violação, a jovem faz acompanhamento psicológico para amenizar o trauma.
Ver minha filha naquele estado foi o que me fez ter forças para ir até o final.