Grupo terrorista que planejava atentado no Brasil já articulou ataque às Olimpíadas no Rio

Em 2016, a Polícia Federal prendeu 11 suspeitos de arquitetar ataques durante os Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro

A operação conduzida pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 8, que prendeu brasileiros associados a grupos islâmicos, é mais uma iniciativa de autoridades brasileiras para investigar possíveis ameaças de atentados terroristas associados ao grupo extremista libanês Hezbollah.

Em julho de 2016, durante os Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro, 11 suspeitos foram presos sob acusação de planejar ataques durante o evento.

Na ocasião, a PF deflagrou a Operação #Hashtag e prendeu suspeitos em 10 estados brasileiros (Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). 

Naquele período, o então Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, comunicou que o grupo preso chegou efetivamente a realizar “atos preparatórios” para os ataques.

Segundo Moraes, integrantes do Hezbollah fizeram juramento de lealdade ao Estado Islâmico pela internet. Um deles entrou em contato com um site no Paraguai para comprar um fuzil AK 47. 

“Houve um primeiro contato com o Estado Islâmico. Houve um juramento. Na sequência, houve uma série de atos preparatórios. Depois, esse grupo passou a entender que, com as Olimpíadas, o Brasil poderia se tornar uma alvo” disse Moraes, na época.

Após a operação, o FBI (Polícia Federal americana), a CIA (o serviço de inteligência dos Estados Unidos) e Mossad (serviço secreto de Israel) ajudaram o Brasil no monitoramento da segurança dos Jogos. 

O que sabe sobre a Operação Trapiche

Nesta quarta-feira, 8, a PF realizou uma operação visando desmantelar um grupo terrorista associado ao movimento extremista libanês Hezbollah. Durante a operação, 2 brasileiros foram presos, e 11 mandados de busca e apreensão foram executados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal.