Das pré-escolas às universidades, a educação foi afetada diretamente pela pandemia provocada pelo Sars-CoV-2. Quem estava acostumado a sair de casa todos os dias para estudar foi obrigado a criar novos hábitos. Mas se engana quem acha que o Ensino a Distância (EaD) começou com a covid-19 ou que vai acabar junto dela. Há décadas ela se desenvolve cada vez mais.
A grande questão é: será que o EaD é indicado para você? Essa é uma dúvida comum entre os estudantes. Por isso, vale a pena conhecer melhor esse modo de ensino e qual é o modelo ideal para sua rotina.
Presencial ou EaD: qual escolher?
Entre EaD e presencial, não há uma opção melhor ou pior. É um equívoco tratar o EaD como uma escolha de menor qualidade. Em universidades de excelência, o EaD é amparado por uma densa metodologia.
Elencamos abaixo os principais prós e contras de cada modelo. Assim, você pode considerar os aspectos mais relevantes de cada um de acordo com a sua realidade.
Ensino presencial
O ensino tradicional é o clássico pré-pandemia: os estudantes participam presencialmente das atividades regularmente, seja na sala de aula, seja nos laboratórios, seja em outros espaços de aprendizagem.
Os principais benefícios desse modelo educativo se referem a uma interação em tempo real entre os atores envolvidos (estudantes, professores e técnicos de laboratório, por exemplo). Além disso, no caso dos cursos em que há necessidade de máquinas, hardwares e outros aspectos físicos, o presencial oferece características imprescindíveis.
Outro ponto a considerar é que há muitos cursos que fazem atendimento ao público como forma de extensão. As clínicas-escola são um exemplo: nelas, os estudantes dos cursos de Nutrição, Enfermagem, Farmácia e Medicina acolhem pacientes sob supervisão dos professores.
Aqui, a disponibilidade do estudante é de modo mais rígido, com horários bemdefinidos. Se você trabalha longe da faculdade e tem apenas algumas horas livres, provavelmente não vai conseguir assistir a uma aula que tem horário predefinido.
EaD
O EaD se caracteriza pelo desenvolvimento de métodos específicos para a aprendizagem remota. No desenvolvimento pedagógico dos cursos a distância, a equipe se preocupa na forma de exposição, assimilação, desenvolvimento e avaliação de modo particular.
Abrir um curso EaD não é simplesmente pegar um curso e oferecê-lo a distância. Toda a metodologia deve ser adaptada a esse modelo. Quando se ouve, por exemplo, que os estudantes migraram para o EaD por conta da covid-19, isso é uma meia-verdade. Sim, o ensino ocorreu a distância, mas em casos muito raros eles contaram com os benefícios do EaD que já funcionava antes. O mais adequado é tratar a educação em meio à pandemia como ensino remoto emergencial.
Pontos positivos não faltam nessa opção, um deles é o estudante ter mais autonomia na definição do seu trajeto acadêmico. Porém, isso exige dele mais disciplina, pois é mais fácil “ficar perdido” durante as aulas e deixar dúvidas acumularem. Isso vale tanto para cursos inteiramente EaD quanto para os híbridos, ou seja, que têm uma elaboração pedagógica contemplando os dois momentos.
Como você deve ter percebido, não existe uma forma melhor ou pior. O que existe é a opção mais indicada de acordo com seu projeto de vida, e é isso que dirá se seu próximo curso será presencial ou a distância.
Fonte: Guia da carreira.