O “divórcio emocional” é um dos principais indicadores de que uma relação está perto do fim. Esse “divórcio” ocorre quando os parceiros ficam cada vez menos conectados um com o outro, o que provoca falta de intimidade, de comunicação e de apoio mútuo.
Esses casais podem até viver juntos, mas levam vidas separadas, com poucas atividades, metas e interesses em comum.
Ao longo de um “divórcio emocional”, pesquisas mostram que os casais podem experimentar medo, alívio, tristeza, raiva, esperança ou até mesmo crescimento pessoal em vários níveis, dependendo de quem inicia a separação.
Sinais da psicologia de que seu casamento pode acabar em divórcio
Um estudo sobre divórcios na idade madura publicado em março revelou que os divórcios emocionais geralmente ocorrem muito antes da separação formal ou legal. Com base nas experiências de entrevistados que se afastaram enquanto ainda eram casados, a falta de comunicação é um dos sinais mais evidentes de um divórcio emocional.
Os parceiros podem parar de compartilhar seus pensamentos, sentimentos, aspirações e experiências diárias um com o outro. As conversas tornam-se superficiais e frias, limitadas a tópicos necessários, como tarefas domésticas, bem-estar dos filhos ou finanças.
Os parceiros podem parar de compartilhar seus pensamentos, sentimentos, aspirações e experiências diárias um com o outro. As conversas tornam-se superficiais e frias, limitadas a tópicos necessários, como tarefas domésticas, bem-estar dos filhos ou finanças.
Perda de intimidade
Em casamentos desgastados, o afeto físico e a atividade sexual podem diminuir significativamente ou cessar completamente. Casais emocionalmente divorciados também tendem a experimentar níveis muito baixos de intimidade, muitas vezes devido à desconexão emocional, incompatibilidade, falta de atração ou conflitos não resolvidos.
Um estudo de 2021 descobriu que temos mais intimidade quando percebemos nossos parceiros como carinhosos e atentos às nossas necessidades, o que pode aumentar a satisfação no relacionamento.
No entanto, os divórcios emocionais podem envolver a perda de uma conexão profunda, proximidade, confiança, compreensão mútua e disponibilidade emocional.
Níveis elevados de conflito
Os divórcios emocionais muitas vezes envolvem níveis elevados de conflito, onde os casais são incapazes de resolvê-los ou desistem após várias tentativas fracassadas. Com o tempo, as brigas não resolvidas fomentam o ressentimento e a hostilidade. Os parceiros podem começar a evitar um ao outro para fugir de mais atritos, criando uma distância emocional ainda maior.
“Tínhamos discussões intermináveis sobre quem estava certo, sobre o que havia sido dito e em que tom e sobre o que o outro queria dizer com aquilo”, diz Ruth, outra entrevistada. “Foi tão exaustivo que, nos últimos oito ou nove anos do casamento, tentei falar o mínimo possível, ficar em um quarto separado e cuidar da minha vida.”
Segundo a teoria dos “quatro cavaleiros” do divórcio, de Gottman, há quatro comportamentos destrutivos em um conflito que podem sinalizar o fim de um casamento. Estes incluem: crítica ou ataque ao caráter do parceiro; desprezo (que envolve falta de respeito e sarcasmo); ficar na defensiva ou se recusar a assumir a responsabilidade pelo próprio comportamento; e obstrução, que é a recusa na comunicação.
Sem comunicação aberta, mal-entendidos e suposições tornam-se mais frequentes. Os parceiros podem começar a duvidar das intenções um do outro, levando a suspeitas e a insegurança. Com o tempo, o desgaste emocional dos conflitos constantes e das necessidades não atendidas pode levar ao esgotamento, deixando pouco espaço para interações positivas.