Com liderança folgada, a busca pelo apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou uma moeda pesada na hora fechar acordos políticos nos estados do Nordeste. Os pré-candidatos ao governo com chances reais de se elegerem buscam o petista para seus palanques ou —no caso dos nomes da direita— evitam o discurso antilulista.
O lulismo se coloca, assim, como a força motriz para que candidatos mudem de partido, de lado ou mesmo abandonem candidaturas.
“Mesmo os candidatos de direita não batem de frente com Lula, ficam no máximo neutros, porque sabem que ele tem um capital eleitoral muito grande. Seria colocar em risco sua própria sobrevivência política”, afirma Luciana Santana, professora de ciência política da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e da pós-graduação da UFPI (Universidade Federal do Piauí).