A pé na estrada, com frio e medo: jogadores sofrem para deixar Ucrânia

Eles foram à Ucrânia para viver o sonho do futebol europeu, mas de repente se viram no meio de um pesadelo para o qual jamais puderam se preparar. No quarto dia desde a invasão russa, a maior parte dos cerca de 40 jogadores brasileiros que atuam no país já conseguiu ou está em vias de conseguir cruzar a fronteira, para se afastar de vez da guerra que os pegou de surpresa.

Ontem, o maior grupo, que se concentrava no bunker de um hotel em Kiev, voltou à superfície e conseguiu embarcar em um trem oferecido pela embaixada brasileira. Por segurança e numa tentativa de demonstrar neutralidade, o comboio decidiu exibir bandeiras brasileiras nas janelas dos carros. Os jogadores e seus parentes (entre eles, mulheres, idosos e crianças) se afligiram com o som dos tiros e bombardeios da batalha de Kiev, enquanto civis ucranianos pegavam em armas e improvisavam coquetéis molotov para se defender dos russos.

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