Projetos alternativos de PEC ganham corpo no Congresso
Senadores têm criticado o que consideram ser falta de articulação política da equipe de Lula Inácio Lula da Silva (PT) na PEC da Transição. Sob reserva, um aliado disse que os petistas parecem querer “aprovar o texto por osmose”, ou seja, sem se mexer. Líderes afirmam que não foram procurados, outros que não entendem o que o PT deseja.
“Até agora só soube que existe a PEC pela imprensa. Parece que é virtual”, diz Angelo Coronel (PSD-BA). Nesse vácuo, ganham corpo opções como a de Tasso Jereissati (PSDB-CE), revelada pelo Estadão, que libera R$ 80 bi para Lula gastar em 2023, bem abaixo dos R$ 200 bi pretendidos. O PT corre ainda o risco de não emplacar o relator da PEC, a ser escolhido por Davi Alcolumbre (União-AP). O favorito é Alexandre Silveira (PSD-MG).
BABEL. Para aceitar a missão, entretanto, Silveira aguarda um sinal de Lula. A articulação da PEC foi iniciada por Wellington Dias (PT-PI), mas ele acabou tomando distância após membros do governo de transição avaliarem que a primeira repercussão da medida foi negativa.
CONTRA. A proposta de Tasso pode se converter em uma emenda ao texto da PEC de Transição. A ideia de reduzir o valor do cheque para Lula ganhou adeptos também entre os que não veem com bons olhos a aproximação do petista com Arthur Lira.
ATENÇÃO. Renan Calheiros (MDB-AL) aproveitou a viagem ao Egito para esboçar algumas críticas diretamente a Lula. Disse estar preocupado ao garantir uma vitória de Lira sem adversários, o que tende a empoderar o centrão e dar força à continuidade do orçamento secreto. Lula teria dito que nem tudo está definido ainda