A redução dos casos de covid-19 nos últimos meses deixou a sensação de que a pandemia era coisa do passado. Mas o surgimento de uma nova subvariante, a pouca adesão às doses de reforço das vacinas e as aglomerações na campanha eleitoral dispararam a taxa de transmissão (Rt), aumentando as internações e o risco de uma nova onda às vésperas das festas de fim de ano. Ontem, a morte de uma mulher na cidade de São Paulo, contaminada pela subvariante BQ.1, acendeu o alerta de vez.
A preocupação surgiu primeiro nos hospitais, onde os médicos passaram a atender cada vez mais pacientes com covid. A impressão dos médicos é confirmada pelo aumento da Rt do vírus, que depois de muito tempo voltou a indicar alta na transmissão, segundo a Info Tracker, a plataforma das universidades estaduais paulistas USP e Unesp, que monitora a pandemia.
Estável até o dia 3 de outubro, a Rt começou a subir nos dias seguintes e, um mês depois, ultrapassou o número 1, quando cada doente passa a contaminar mais de uma pessoa. Para que a transmissão do coronavírus seja contida, a taxa de Rt precisa ficar abaixo desse patamar.