Mãe de jovem de 14 anos morta no DF desabafa após soltura de suspeito: ‘Para as autoridades, significou que ela não era nada’

Vandir Correia Silva, suspeito de matar Emily de Araújo, confessou crime, mas foi liberado em audiência de custódia. Justiça diz que MP e polícia não pediram manutenção da prisão; promotores citam falta de justificativa e PCDF afirma que investigações não foram concluídas.

A mãe da adolescente Emily Fabrini de Araújo, de 14 anos, não se conforma com a soltura de Vandir Correia Silva, de 21 anos, o homem que confessou ter cometido o crime. Emily foi encontrada morta no sábado (10), e o rapaz foi preso em flagrante, mas liberado em em audiência de custódia.

“Eu ‘tô’ com muito ódio de tudo isso que está acontecendo. Minha filha morreu e, para as autoridades, significou que ela não era nada”, afirma a empregada doméstica Rosimeire Araújo.

A decisão que liberou o suspeito é da juíza Monike de Araújo Cardoso Machado, e foi tomada na segunda-feira (12). Na determinação, ela afirma que “não houve requerimento de prisão pelo Ministério Público nem pela autoridade policial”. Segundo a magistrada, não é permitida “a decretação da prisão preventiva de ofício pelo Juiz”.

O Ministério Público afirma que, no momento da audiência, “não havia elementos que justificassem a decretação da prisão preventiva para garantia da ordem pública”. Já a Polícia Civil diz que ainda faltam testemunhas a serem ouvidas, além do resultado do laudo final de morte, para decidir pela prisão preventiva do suspeito.