Fábrica de charutos de Fidel Castro mantém a tradição em Cuba

Em frente a uma máquina que mede a qualidade do charuto para a degustação perfeita, Orquídea González diz sentir orgulho por trabalhar em uma indústria que em plena pandemia manufaturou o segundo produto de exportação de Cuba.

“Adoro fazer tabaco. Estou a vida toda aqui porque isto é uma arte. Nem todo mundo sabe fazer tabaco, como nem todo mundo sabe fazer uma pintura”, diz González, de 55 anos, enquanto introduz cada peça em um tubo metálico para comprimir o ar, que marca os níveis exatos de aspiração do fumante com uma agulha.

Se for menos de 40, o tiro [aspirada] é excessivo, se for mais de 80 é um tiro travado”, explica, de olho na agulha.

El Laguito, uma fábrica inaugurada em 1966 no oeste da Havana, para confeccionar os charutos do líder da Revolução, Fidel Castro (1926-2016) e os que dava de presente a dirigentes estrangeiros, abriu suas portas na quinta-feira para mostrar o trabalho artesanal de seus enroladores.