Você já deve ter comido um. Ele tem sabor diferente, mais industrial, e costuma ser usado na casquinha de bolos e doces. Estamos falando do chocolate hidrogenado, presente em muitas sobremesas, mas que pode ser um grande vilão para a saúde.
Nesse alimento, a manteiga de cacau, encontrada no chocolate tradicional, é substituída por gorduras hidrogenadas, obtidas a partir de um processo físico-químico de alta pressão que dá consistência e aparência pastosas aos óleos líquidos de origem vegetal —algodão, palmiste, de palma ou de coco, babaçu, milho, soja, girassol, entre outros.
A gordura hidrogenada adicionada ao chocolate favorece a manipulação em coberturas e recheios de bolos e doces, mantendo-o mais estável, independentemente da variação da temperatura.
Com o adicional, o chocolate hidrogenado se torna mais barato e versátil para o uso culinário, na confeitaria e nos produtos ultraprocessados, como bolachas recheadas, biscoitos, caldas, sorvetes, misturas para bolos e confeitos em geral. Além disso, a gordura proporciona crocância, por exemplo, na formação de casquinhas, no caso dos bombons, e amplia a durabilidade.
No entanto, perde a qualidade, sabor e benefícios à saúde, assim como a sensação de bem-estar, provocada pela serotonina que é estimulada quando se consome o chocolate. “Esse tipo de gordura não existe na natureza e há muitas pesquisas que apontam que o nosso organismo não está apto para lidar com esse tipo de substância. Por isso, o consumo não é recomendado”, afirma Tatiana Martins Moreno, nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo, SP.
UOL