DF: Bacia de retenção do Túnel de Taguatinga começa a ser construída

Com capacidade para captar mais de 4.600 m³ de água de chuva, o tanque terá três metros de profundidade

Toda a água da chuva captada pela rede de drenagem do Túnel de Taguatinga será devolvida à natureza. As canaletas responsáveis pelo escoamento irão desembocar em uma grande bacia de retenção, localizada a 500 metros da passagem subterrânea. Depois de terem sua força reduzida no tanque, as águas pluviais vão desaguar no Córrego do Cortado.

Os trabalhos preliminares para a construção da bacia de retenção começaram em 10 de junho. De acordo com o mestre de obras Carlos Miguel Cidreira, uma equipe de dez profissionais, com a ajuda de uma escavadeira hidráulica, tem se dedicado a capinar o terreno.

“A limpeza e a demarcação de extensão e profundidade do tanque são os primeiros passos da obra”, diz o mestre de obras Carlos Miguel Cidreira

“A limpeza e a demarcação de extensão e profundidade do tanque são os primeiros passos da obra”, afirma Carlos Miguel. “Depois, faremos a terraplanagem e o aterro, para que o terreno atenda às especificações topográficas do projeto.”

A bacia de retenção do Túnel de Taguatinga terá três metros de profundidade e um volume de pouco mais de 4.600 m³. O fundo dela é feito de solo compactado ao extremo, permitindo que apenas uma quantidade mínima de água seja absorvida. O talude e a crista do tanque – ou seja, as paredes e a parte de cima dele – são revestidos de grama, uma forma de evitar a erosão.

O engenheiro civil fiscal da obra, Antônio Carlos Ribeiro Silva, explica que a entrada das águas pluviais no tanque é feita por manilhas de concreto com 1,2 metro de diâmetro. “Para evitar que a chuva escoada desemboque com muita força na bacia, usamos um dissipador”, explica. “São pequenas paredes de concreto que servem de obstáculo e reduzem a velocidade do fluxo”.

Na saída da bacia, além de passar por um segundo dissipador, a água percorre tubulação de menor calibre até desaguar no Cortado. “São manilhas de apenas 60 centímetros, para garantir um desemboque lento”, conta Antônio Carlos. “Toda a estrutura do córrego será preservada”.