O coração de Dom Pedro 1º está bem conservado e protegido em uma igreja na cidade do Porto, em Portugal, mesmo 188 anos após sua morte. A Irmandade de Nossa Senhora da Lapa é a guardiã da relíquia desde 1835.
No entanto, por mais que a igreja ainda esteja funcionando, celebrando suas missas em horários restritos e realizando visitas guiadas, não é possível ter contato com o coração do ex-imperador do Brasil. O órgão é abrigado em um monumento construído por Costa Lima, localizado na capela-mor ao lado do Evangelho.
Lacrado em um recipiente de vidro transparente e mergulhado em formol, o coração é guardado, literalmente, a cinco chaves.
A primeira delas abre uma placa de metal. A segunda e a terceira removem redes de ferro. A quarta abre uma urna. E, por fim, a última chave dá acesso a uma caixa de madeira na qual se encontra o órgão.
O formol é uma solução de água e metanal, uma substância usada para embalsamar peças de cadáveres por sua propriedade de impedir a decomposição. Ele é preservativo, desinfetante e anti-séptico, porque desnatura proteínas, ou seja, faz com que fiquem mais resistentes às bactérias.