DF: Usina de concreto acelera obra do Túnel de Taguatinga

Oficina produz, em média, 240 metros cúbicos de concreto por dia. Solução logística foi implementada em 2020

Com 1.060 metros de extensão, o Túnel de Taguatinga vai demandar mais de 92 mil metros cúbicos de concreto para ser concluído. Por isso, para dar mais agilidade aos serviços, a Secretaria de Obras e Infraestrutura instalou uma usina de concretagem, em uma área do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a cerca de 100 metros do canteiro de obras.

Segundo o secretário da pasta, Luciano Carvalho, trata-se de uma solução logística. “Ter o material ao lado facilita o trabalho, principalmente em horários que não são comerciais, como à noite, por exemplo. Isso implica em eficiência quanto ao tempo e quanto à segurança”, salienta o gestor.

“Com a usina tão perto da obra e da nossa supervisão, temos maior controle da qualidade do material, quase de forma imediata. Isso previne atrasos no cronograma e retrabalho. Foi uma sacada valiosa para garantir a agilidade da obra”Bruno Almeida, engenheiro civil responsável pela fiscalização das obras

Para suprir a demanda da maior obra viária em andamento no Brasil, a usina de concreto trabalha a todo vapor, conforme o cronograma da construção. Cerca de 20 funcionários atuam, desde 2020, como motoristas e operadores de equipamentos, laboratoristas e mais.

Todos os dias, são abastecidos mais de 30 caminhões-betoneiras, dependendo da fase da construção. Os veículos podem armazenar até 8 metros cúbicos de material e são apropriados para receber o concreto usinado da central dosadora e transportá-lo até o local de aplicação nas obras. Desta forma, em média, a usina produz 240 metros cúbicos de concreto diariamente.

Por exemplo, na fase de maciça de uma laje do túnel, que tem um metro de espessura, foram utilizados 53 caminhões-betoneiras, totalizando 420 metros cúbicos de concreto. O trabalho foi concluído em tempo ágil, 12 horas. Caso não houvesse a usina próximo a obra, teria durado, no mínimo, dois dias.

Bruno Almeida, engenheiro civil responsável pela fiscalização das obras, afirma que as usinas de concreto permitem a padronização do produto final. “Com a usina tão perto da obra e da nossa supervisão, temos maior controle da qualidade do material, quase de forma imediata. Isso previne atrasos no cronograma e retrabalho. Foi uma sacada valiosa para garantir a agilidade da obra”, salienta.

Processo

A produção do concreto ocorre em até uma hora. Brita, areia e cimento são levados aos silos para serem misturados com água e dosados. Em seguida, um caminhão-betoneira é abastecido com o concreto, que é levado para a análise da capacidade de moldagem e resistência.

Caso o nível esteja correto, segue para a obra e, se não estiver, é ajustado para ficar pronto para uso. As amostras também servem para o rastreio e controle tecnológico do concreto, para facilitar a resolução de possíveis falhas, como fissuras e infiltrações. Depois do descarregamento, a betoneira é lavada com água, que será reutilizada em uma nova remessa de concreto após decantação.

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