Mãe de garota morta na Sapucaí passa mal no velório e precisa ser amparada: “Eu quero minha menina”

Raquel Antunes, de apenas 11 anos, teve as pernas prensadas entre um carro alegórico e um poste no primeiro dia dos desfiles no Rio

O corpo da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, foi enterrado neste sábado, 23, no cemitério do Catumbi, no Centro do Rio de Janeiro. Ela estava internada desde a madrugada de quinta-feira, 21, após ser imprensada por um carro alegórico, não resistiu aos ferimentos e morreu no início da tarde desta sexta-feira, 22, no Hospital Municipal Souza Aguiar.

A mãe de Raquel precisou ser amparada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante a despedida. Aos gritos, a manicure Marcela Portelinha Antunes pedia por justiça pela morte da filha: “Eu quero minha menina, isso não pode ficar assim”. No fim da cerimônia, ela voltou a ser atendida pela equipe de socorristas. Ela está grávida de três meses. Familiares e amigos acompanharam o enterro com camisetas e flores em homenagem a Raquel.

O acidente ocorreu no primeiro dia de desfiles do Rio. A menina subiu no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, na saída da Marquês de Sapucaí, na rua Frei Caneca, enquanto a mãe observava a passagem de outras agremiações na avenida. Naquele instante, o veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas entre a alegoria e um poste.

Raquel foi socorrida em um posto médico montado na Marquês de Sapucaí e, depois, foi encaminhada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. A menina passou por uma cirurgia que durou cerca de 7 horas e precisou ter a perna amputada. Durante o procedimento, sofreu uma parada cardiorrespiratória, revertida pelos médicos. Apesar disso, seu quadro de saúde permaneceu gravíssimo. A direção do Souza Aguiar informou a morte às 12h10 desta sexta-feira.

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