O soldado reformado Valdemar Martins de Oliveira, 71 anos, serviu na Brigada Paraquedista, na Vila Militar, do Rio de Janeiro, e trabalhou, ao longo do ano de 1968, como um espião da ditadura militar e atuou com alguns dos agentes mais violentos das Forças Armadas no período. Em entrevista à coluna, ele relatou como presenciou a tortura e a execução a tiros de João Antônio e Catarina Abi-Eçab, militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN).
Nos jornais, na época, a versão da ditadura era que o casal morreu no dia 8 de novembro de 1968, em um acidente automobilístico na rodovia BR 116, Km 69, na altura da cidade de Vassouras. No entanto, o que Oliveira presenciou é outra coisa.