Para cantora, artistas devem parar de citar nome do presidente – entenda
Anitta viveu um dos momentos mais importantes de sua carreira nesta sexta-feira quando subiu ao palco do Coachella, festival que acontece nos Estados Unidos. A cantora levou a cultura brasileira ao evento com um show empolgante e recheado de hits.
Vestindo verde e amarelo, a cantora defendeu a recuperação de símbolos e cores brasileiros pela população, se referindo aos seguidores do Presidente Jair Bolsonaro, que usam camisetas da seleção brasileira e a bandeira do país em suas passeatas e manifestações pró-governo.
A conta oficial de Bolsonaro no Twitter repostou a publicação da cantora sobre o tema, dizendo que concordava com suas afirmações.
Após a reação de Bolsonaro, Anitta decidiu bloqueá-lo nas redes sociais. “Meti logo um block pra esses adms dele não ficarem usando minhas redes sociais pra ganhar buzz na internet”, escreveu a cantora em seu Twitter.
Nova estratégia?
Em resposta a um seguidor, que sugeria que ela colocasse uma foto dele associada a Hitler nas redes sociais, a cantora destacou que a estratégia de Bolsonaro mudou. Segundo a cantora, agora, o presidente quer parecer mais “jovem e descolado” para atrair o público jovem e mudar sua imagem diante desse público.
“(…) Fazer o público esquecer as merdas com piadas e memes da Internet que faça o jovem achar que ele é um cara maneirao, boa praça…então nesse momento qualquer manifestação contra ele por meio dos artistas vai ser revertido em forma de deboche pelas mídias sociais dele. Assim, o artista vira o chato mimizento e ele o cara bacana que leva tudo numa boa”, escreveu a artista.
Para Anitta, o país está “caminhando para votar pela identificação de fã”, que ela define como o desejo de ser uma figura pública. “Já passa a ser mídia boa quando você cita o nome dele, não faz diferença se você citou de forma negativa ou positiva. Porque quando mais você cita de forma negativa mais mídia ele alcança e usa essa mídia pra destinar ao que ele quer“, explica a brasileira.
A dona do álbum “Versions Of Me” contou que já usou essa estratégia. “Já usei essa estratégia algumas vezes por isso sei bem o que tá rolando rs. Comecei a perceber quando eles começaram a usar as músicas dos artistas que odeiam dele no fundo dos seus stories sobre o governo. Agora, a estratégia do lado oposto precisa ser citar o nome dele o menos possível”, continuou a cantora.
Novo slogan?
“Eu trocaria o ‘slogan’ ‘fora fulaninho’ para ‘muda brasil’ ou algo que desvincule completamente a narrativa do nome dele”, sugere Anitta, sem citar o político. “Vocês não me verão falando “fora fulaninho” até as eleições acabarem. E sugiro a quem for contra ele fazer o mesmo“, finaliza a artista.