Ao retomar planos de viajar, brasileiro encontra tarifas nas alturas

O sonho do casal de professores Rafael e Natália Sassi de viajar pela primeira vez para fora do País teve de ser novamente adiado. Em janeiro de 2021, eles tinham comprado um pacote de viagem de sete dias para o Chile. Próximo do embarque, a viagem foi cancelada devido às restrições sanitárias sob a pandemia. A saída foi trocar a viagem do Chile pelo Nordeste.

“Com a queda do câmbio nas últimas semanas e a flexibilização das regras sanitárias, a gente se animou em ir para fora do País”, conta Rafael. Eles procuraram a agência na qual tinham um crédito de R$ 4,5 mil por conta da troca do pacote. O destino escolhido foi Bariloche, na Argentina. Mas os novos planos também foram frustrados.

Pela viagem de sete dias a Bariloche, o casal teria de gastar quase R$ 20 mil. No ano passado, o custo dessa viagem girava entre R$ 14 mil e R$ 16 mil, segundo cotações da época. Mais uma vez, o casal trocou o destino internacional pelo nacional para encaixar a viagem no bolso. Em julho, embarcam para Lençóis Maranhenses (MA), viagem que, entre hospedagem, passagens e passeios, saiu por R$ 10 mil. “Desta vez adiamos o sonho de ir para fora por causa da passagem aérea, que está bem cara.”

Depois de dois anos de pandemia, muitos brasileiros, assim como Rafael e Natália, voltaram a planejar longas viagens. No entanto, foram surpreendidos com a disparada do valor das passagens aéreas. Em março ficou nítido o estrago que a guerra entre Rússia e Ucrânia provocou na cotação do petróleo, a base do querosene usado pelos aviões.

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