Líder do movimento negro reconhece jogada estratégica, mas critica aliança Lula-Alckmin

A volta do historiador paulista Douglas Belchior ao PT foi saudada pelo partido como uma reafirmação de seus compromissos antirracistas. Um dos líderes da Coalizão Negra por Direitos, composta por 200 entidades engajadas no enfrentamento ao racismo, ele é uma das apostas da legenda do ex-presidente Lula para ampliar a bancada petista na Câmara e amplificar seu diálogo com o movimento negro e a periferia.

Douglas Belchior passou 16 dos seus 43 anos no Psol, partido que deixou em setembro em meio a acusações de racismo institucional. A filiação do ativista ao PT, em dezembro, foi avalizada por Lula e assinada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e pelo ex-prefeito paulistano Fernando Haddad. Ele havia sido filiado à legenda entre 1999 e 2005.

Pré-candidato a deputado federal pelo PT de São Paulo, Douglas promete atuar como voz crítica interna. Em entrevista ao Congresso em Foco, o militante diz que a esquerda também é racista, que Lula tem sensibilidade para o assunto, mas ainda esbarra em limitações para enfrentar questões raciais, e que o voto negro e das mulheres será decisivo para impedir a reeleição de Jair Bolsonaro.

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