Procedimento de detecção laboratorial da bactéria Bordetella pertussis é realizado no Lacen-DF desde abril de 2024
Dados do último boletim epidemiológico sobre a coqueluche no Distrito Federal indicam um aumento significativo no número de registros da doença. Em 2024, foram notificados 575 casos suspeitos, dos quais 256 foram confirmados — 161 pelo critério laboratorial, 59 por critério clínico e 36 por critério clínico-epidemiológico. No ano anterior, apenas 34 casos suspeitos foram registrados, com cinco confirmações — duas pelo critério laboratorial e três pelo clínico.
No entanto, os números dos dois anos não são diretamente comparáveis, pois, em abril de 2024, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) implementou uma nova metodologia para diagnosticar a doença.
“Boa parte do aumento se deve à introdução do RT-PCR [reação em cadeia da polimerase em tempo real], um método mais sensível para a detecção da coqueluche”, explica Renata Brandão, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha) da Secretaria de Saúde (SES-DF).
A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Até 2023, o único método diagnóstico laboratorial utilizado no Lacen-DF era o isolamento da bactéria por cultura, a partir de material colhido da nasofaringe do paciente.