Ucranianos em fuga escrevem ‘tem criança’ no carro para evitar ataques

Na madrugada do dia 23 para o dia 24 de fevereiro, o cantor lírico e arquiteto Victor Cordeiro dos Santos, 25, acordou com a notícia de que os bombardeios haviam começado na Ucrânia. Ele e sua família, em Curitiba, já acompanhavam apreensivos a escalada do conflito na fronteira.

O neto de ucranianos correu em busca de notícias dos parentes que ainda vivem na Ucrânia. “Eles moram em Stryi, a oeste, próximo à Polônia, então ainda estão por lá. Mas a cidade já emitiu um alerta para que todos fiquem com documentos a postos, com carro abastecido e que estoquem comida.”

A família ucraniana do curitibano tenta tranquilizar os parentes do outro lado do oceano, enquanto convive com sirenes de ataques aéreos e abrigos antibomba.

A invasão da Ucrânia pelo exército russo certamente vai ficar marcada como a primeira guerra transmitida em tempo real pelas redes sociais. A todo momento, circula um volume gigantesco de imagens, relatos e notícias sobre a guerra, sem trégua. Para descendentes de ucranianos que moram no Brasil, acompanhar o noticiário é tanto uma bênção quanto uma maldição.

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