Forças de segurança fizeram um cerco, e o governo de Nicolás Maduro decidiu, de forma unilateral, revogar a custódia do Brasil sobre a embaixada da Argentina em Caracas. O local está sob proteção do governo brasileiro desde o final de julho, quando a ditadura venezuelana expulsou todos os diplomatas argentinos e de outros seis países que questionaram a suposta vitória de Maduro nas eleições presidenciais.
Argentina não reconheceu o resultados das eleições na Venezuela. A crise entre os dois países começou depois que o presidente argentino Javier Milei questionou a vitória de Maduro, a quem chamou de ditador, e acusou o pleito de fraude. “Não é nada além de uma vitória de Pirro [conquistada a um preço alto]”, disse Milei em um vídeo publicado no TikTok em 29 de julho, um dia após a eleição venezuelana.
A proibição e a perseguição de opositores políticos, a violação sistemática dos direitos humanos, a recusa da presença de observadores e imprensa estrangeira, assim como as restrições impostas ao registro no exterior de seus compatriotas para impedi-los de votar, eram claros indícios de que estas eleições não seriam democráticas nem transparentes – Chancelaria da Argentina, em nota divulgada em 29 de julho.
Maduro decidiu expulsar diplomatas que contestaram ‘vitória’. Além do corpo diplomático argentino, também foram expulsos representantes de Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Na ocasião, o governo venezuelano disse rejeitar as ações “de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington” e comprometidos com “ideologias sórdidas do fascismo internacional”.