A gestão Lula apresentou nesta terça-feira (30) o plano brasileiro de inteligência artificial com investimentos totais de R$ 23 bilhões até 2028, segundo documento a que o UOL teve acesso. Dentre as ações, está a ambição de construir um supercomputador potente para estar no top 5 mundial — atualmente, o ranking é composto por máquinas nos Estados Unidos, Europa e Japão, que consumiram investimento estimado entre R$ 877,9 milhões e R$ 3,3 bilhões.
Elaborada ao longo de cinco meses, a política nasce no meio de um frenesi mundial devido à IA generativa, aquela capaz de criar conteúdo, e, ainda que considerada internamente como um avanço, não dá ao governo esperanças de que fará o Brasil bater de frente com as potências na área, China e Estados Unidos.
A aposta é que permitirá ao país criar tecnologia nacional sem depender das big techs, as grandes companhias da área que dominam tanto os serviços de IA quanto os recursos necessários para criá-los. E também alçará o Brasil à condição de competidor capaz de compartilhar infraestrutura e projetos de pesquisa e desenvolvimento com países da América Latina e África.