Sam Altman, CEO da OpenAI, tem dado várias entrevistas recentemente. O timing parece bom, já que faz alguns meses desde que o mundo acompanhou a saga de sua demissão da empresa pelo conselho de administração – ainda que para ser trazido de volta em menos de uma semana. De lá para cá, a OpenAI revelou estar trabalhando em uma ferramenta que transforma comandos de texto em vídeo, chamada Sora, e expandiu sua loja de aplicações que rodam a partir do GPT — ah, e também foi processada pelo jornal “New York Times” e por Elon Musk.
Era de se esperar que Altman esclarecesse as razões que levaram à sua breve demissão, além de fazer anúncios importantes sobre o que vem pela frente. Nada disso aconteceu. Ainda assim, as falas de Altman ajudam a montar um quebra-cabeça curioso sobre o futuro da inteligência artificial e como a OpenAI, com uma peculiar estrutura societária que mistura unidade empresarial supervisionada por entidade sem fins lucrativos, pretende liderar um mercado cada vez mais competitivo.
Talvez a expressão que mais apareça nas respostas de Altman sobre os mais variados assuntos é “ainda não”. De certa maneira, isso revela que os planos da empresa são bastante ambiciosos. Demonstra também que atualmente muitas das percepções sobre o que a IA pode fazer são ainda uma mistura de expectativas e de especulações.