A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) abriu uma consulta para a apresentação de sugestões que podem integrar a certificação dos eVTOLs, sigla em inglês para aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, que serão fabricados pela Embraer.
Conhecido popularmente como “carro voador”, o EVE-100, da startup Eve, subsidiária da Embraer, será produzido na cidade Taubaté, no interior de São Paulo.
O eVTOL da Eve é uma aeronave de pouso e decolagem vertical. Por ser totalmente elétrico, tem zero emissão de carbono.
Tem oito hélices dedicadas para voo vertical e asas fixas para voo em cruzeiro, sem alteração na posição desses componentes durante o voo. O conceito mais recente inclui um empurrador elétrico alimentado por motores duplos que fornecem redundância de propulsão. Segundo a empresa, o veículo “garante a segurança, acessibilidade e conforto dos passageiros”.
Menos ruído. Também de acordo com a Eve, o ruído produzido pela aeronave é até 90% menor em comparação com helicópteros equivalentes.
Autonomia máxima de 100 km. A ideia, porém, é que o eVTOL faça percursos curtos, entre 16 e 48 km, em menos de 20 minutos. Dessa forma, o carro voador será um aliado contra o trânsito das grandes cidades.
Transporte de até quatro passageiros, além do piloto. Segundo a empresa, quando o voo sem tripulação for certificado, veículo poderá levar até seis passageiros. Além disso, cada passageiro pode carregar uma bagagem de mão padrão, do mesmo tamanho e tipo aceito pelas companhias aéreas.
O serviço funcionará como uma espécie Uber, ou seja, com pagamento e reservas pelo celular. As bases para os veículos serão construídas especificamente para atender as necessidades deles. Chamadas de “vertipontos”, elas serão basicamente como helipontos, só que com estrutura diferenciada para favorecer os pousos e as decolagens, bem como para possibilitar a recarga das baterias e a manutenção dos veículos.
Precisa de CNH? A habilitação para conduzir esse novo “carro voador” é outra. Por se tratar de uma forma inédita de mobilidade, os órgãos reguladores dentro da competência dos veículos voadores —entre elas, a própria Anac (Agência de Aviação Civil do Brasil), Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral)— ainda estão desenvolvendo as normas para a pilotagem dos eVTOLs.
Segundo a Eve, 2.850 eVTOLs já foram reservados por US$ 3 milhões cada (cerca de R$ 14,9 milhões). A startup, subsidiária da Embraer, é uma das maiores desenvolvedoras de eVTOLs.