O influenciador fitness Renato Cariani disse ter acordado seminu e com a “arma na cara” na última terça-feira (12), quando a Polícia Federal esteve na residência do famoso, que é suspeito de usar sua empresa para desviar produtos químicos para a produção de drogas.
O que aconteceu
Renato Cariani citou “constrangimento” ao ser acordado, por volta das 6h daquele dia, “com a arma na cara” pela “primeira vez na vida”. O influencer e empresário também falou que tanto ele quanto a esposa, Tatiane Martines, estavam “parcialmente vestidos”, ou seja, seminus.
“É o seguinte: terça-feira eu acordei com uma arma na minha cara. Eu tinha ido dormir 3h [da madrugada] porque a minha filha foi para o hospital, estava doente, eu tenho uma bebê de 2 anos, e eu voltei do hospital com ela 3h. 6h da manhã, pela primeira vez na minha vida, eu acordei com uma arma no rosto. Eu, parcialmente vestido, minha esposa parcialmente vestida, ou seja, um constrangimento absurdo”,
Cariani, em entrevista ao “Pânico”, da Jovem Pan
Cariani afirmou os agentes da PF “foram super educados”. O influencer diz que, apesar do “constrangimento”, eles fizeram o trabalho deles”, de busca e apreensão, e ressaltou não ter “o que falar” sobre a conduta dos policiais.
Cariani alegou ter sido vítima de um estelionatário. O influencer afirma que vai demonstrar na Justiça ser inocente e ponderou que “quando você é empresário está sujeito a isso, a sofrer golpe, ser assaltado, a ser vítima de estelionatários”.
Entenda a operação
Fraude em notas para vender produtos químicos. Segundo a PF, o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais.
A Anidrol, empresa do que Renato Cariani é sócio, foi alvo de busca e apreensão de policiais federais. A indústria farmacêutica é sediada em Diadema, na região metropolitana de São Paulo.
Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da organização criminosa. São aproximadamente 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo, segundo a PF.