MTST faz manifestação pedindo restauração do serviço
Após quatro dias da tempestade que atingiu área de concessão da Enel, 200 mil imóveis continuam sem energia elétrica nesta terça-feira (7) na Grande São Paulo. A prefeitura da capital informou que até esta segunda-feira (6), 21 unidades educacionais estavam sem energia elétrica e que geradores foram providenciados para aquelas que ainda não tiveram a energia restabelecida pela concessionária.
A empresa informou, em nota no site, que a energia foi restabelecida para 90% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado. No total, 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica depois das chuvas de sexta-feira (3).
Manifestação
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST-SP) fez manifestação na manhã de hoje em frente ao prédio da Enel, no Morumbi. Os manifestantes exigiam a restauração do serviço de energia, a responsabilização da concessionária pelos prejuízos causados à população do estado e um plano de ação eficiente para as temporadas de chuvas.
O movimento ressaltou que entre os imóveis afetados estão estabelecimentos comerciais, escolas e até hospitais e que, em alguns bairros, ainda falta energia. O MTST denuncia o sucateamento dos serviços públicos no estado de São Paulo, apontando que a situação tem se intensificado por conta das privatizações.
“Recebemos inúmeras denúncias de comunidades inteiras sem energia por mais de 50 horas. Inúmeras pessoas perderam o pouco que tinham para comer sem qualquer retorno da empresa pelos canais de comunicação. Exigimos a retomada imediata do serviço de energia, o ressarcimento e a responsabilização pelos danos causados. O que aconteceu em São Paulo nos últimos dias é um alerta sobre resultados nefastos das privatizações dos serviços básicos no Estado de São Paulo. A Enel de hoje pode ser a Sabesp de amanhã”, disse Débora Lima, coordenadora nacional do MTST, em nota.