Em 2014, a boneca mais famosa do mundo se viu ameaçada pelas mãos geladas de Elsa pela primeira vez na história. No período de festas daquele ano, a Barbie deixou de ser a mais vendida para as crianças, e o posto foi assumido pela protagonista de “Frozen: Uma Aventura Congelante”.
Se a notícia continuava sendo lucrativa para a Mattel, já que produz as duas bonecas, era menos, pois o dinheiro era dividido com a Disney. Isso veio como sinal de alerta a companhia que, no ano anterior, havia perdido o posto de maior do mercado de brinquedos para o Grupo Lego. A ordem não-dita era simples e clara: estava na hora de a boneca se reinventar.
Desde quando foi criada, em 1959, a Barbie e suas medidas irreais tornaram-se uma espécie de modelo a ser alcançado que, com o passar das décadas e das revoluções feministas, começou a ser visto de forma crítica como símbolo da “mulher ideal” dentro dos padrões de beleza buscados pelo capitalismo. É claro que, ao seu próprio molde, a Mattel buscava atualizar a Barbie com o passar dos anos, e suas centenas de profissões são um exemplo disso.