Levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), organização mantida pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) mostra que a gasolina na Refinaria da Amazônia (Ream), antiga Isaac Sabbá (Reman), em Manaus (AM), está custando R$ 0,21 por litro a mais do que a vendida pela Petrobras, uma diferença de 6,5%, sendo a mais cara do País. A estatal cobra R$ 3,31 o litro em média nas suas refinarias e a gestão privada, R$ 3,52, segundo o OSP.
A Região Norte, que tinha constantemente a gasolina mais barata do Brasil – uma diferença média de 3,5% nos 12 meses que antecederam a privatização -, passou a ter o combustível em média 9,3% mais caro do que a média nacional a partir do início de janeiro de 2023 até a última atualização da ANP, em 12 de fevereiro.
“Com isso, a Ream já é a recordista da gasolina mais cara do País, superando até mesmo o valor cobrado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, também privatizada. A unidade baiana foi privatizada em dezembro de 2021 e vende o combustível R$ 0,02 a menos do que a refinaria amazonense”, informa a pesquisa.
O estudo aponta ainda, que desde o início da operação privada, a Ream cobra, em média, 2,45% acima do preço da gasolina comercializada pela Petrobras. Em dois meses e meio, o grupo Atem, controlador da Refinaria de Manaus, promoveu cinco reduções e sete aumentos no preço do litro da gasolina.